RESTAURO
CINEMA -
PERSISTENCIA DA RETINA
(imagens residuais)
ÁRVORES
(matéria orgânica)
ESCURO
pernile sonne
rosangela renno
liberdade
O FUTURO
leveza, sensível, afeto, mudança de perspectiva
O PASSADO
repetição, insistência, exaustão, destruição, desastre, descabido
CONTRASTE
PESO X LEVEZA
LOOP
dissolução
brian eno
jesus blood never failed me yet
SAÍDA
RECONSTRUÇÃO DO CORPO FRAGMENTADO
NÃO É POSSÍVEL SAIR ILESO DO DESASTRE
MÃOS DADAS
suporte x resistência
DESCOORDENADO COREOGRAFADO
organização do caos
PERDER AS FRONTEIRAS DO CORPO NO CORPO DO OUTRO
FICÇÃO
científica
utópica x distópica
ESTRATÉGIAS OBLÍQUAS
EXTREMA ECONOMIA DE MEIOS
O QUE VAI APARECER NA ESCURIDÃO?
QUAL É A FRASE PRINCIPAL?
CORE
SCORE
COR
CORAÇÃO
HERZ / HERTZ
GEOMETRIA DO ESCURO
NÃO É POSSIVEL CONSTRUIR UMA ÁRVORE DE VOLTA A PARTIR DE FUMAÇA E CINZAS
MICRO-DRONES-VAGA-LUMES
COMO NÓS QUEREMOS TOCAR AS PESSOAS?
No limite do aniquilamento encontra-se ainda a força de desejar a força, a vontade.
“desejos indestrutíveis”, quando a potência das sublevações consegue se manter viva para além do recalque.
transformando “a imobilidade em movimento, a depressão em energia, a submissão em revolta, a renúncia em alegria expansiva. As insurreições advém com os gestos: os braços se elevam, os corações batem mais forte, os corpos se desdobram, as bocas se desatam”.
“Criar a história com os próprios detritos da história”, incitava Benjamin em seu Livro das Passagens. Trata-se de uma proposta epistemológica que assume que a história (como objeto da disciplina) não é uma coisa fixa, nem mesmo um simples processo contínuo e que a história (como disciplina) não é um saber estático nem um relato causal. Desta forma, o passado deixa de ser um fato objetivo e transforma-se em um fato de memória. Então, para desmontar a continuidade das coisas proposta pela construção epistêmica convencional, a alternativa é a “montagem”, um conceito chave para entender o pensamento de Didi-Huberman.
É preciso procurar “apesar de tudo” ( e essa é uma expressão cara ao autor de Images malgré tout) uma pequena luz, um pequeno furo. E dá o exemplo da poesia espanhola que canta essa busca: o prisioneiro que na cela sem janelas não podia ver as estrelas, e se fazia uma pequena estrela com a brasa de seu cigarro: fazer o furo na escuridão.
a imagem é um operador temporal de sobrevivências
Cabe a nós apenas uma “noite” atravessada, aqui, pelo doce lampejo dos vaga-lumes; lá, pelo cruel raio dos projetores. As teses de Benjamin, sabe-se, se interrompem - com palavras que são, para nós, suas últimas palavras - sobre a imagem desta “porta estreita” messiânica que encerra “cada segundo” de tempo investido pelo pensamento. Essa moldura estreita, esse lapso ínfimo designam apenas, parece-me, a própria imagem: imagem que “passa como um relâmpago [...] imagem irrecuperável do passado que está arriscada a desaparecer com cada presente que não a reconhece”
A imagem se caracteriza por sua intermitência, sua fragilidade, seu intervalo de aparições, de desaparecimentos, de reaparições e de redesaparecimentos incessantes. É, então, uma coisa bem diferente pensar a saída messiânica como imagem (diante da qual não se poderá durante muito tempo mais acalentar ilusões, uma vez que ela desaparecerá logo) ou como horizonte (que apela para uma crença unilateral, orientada, apoiada no pensamento de um além permanente, na espera de seu futuro sempre). A imagem é pouca coisa: resto ou fissura (fêlure). Um acidente do tempo que a torna momentaneamente visível ou legível.
que é preciso conduzir essa desmistificação [do tom apocalíptico] tão longe quanto possível, e a tarefa não é modesta. Ela é interminável porque ninguém pode esgotar as sobredeterminações e as indeterminações dos estratagemas apocalípticos. E, sobretudo, porque o motivo ou a motivação ético-política desses estratagemas nunca é redutível ao simples
Ser contemporâneo, nesse sentido, seria obscurecer o espetáculo do século presente a fim de perceber, nessa mesma obscuridade, a “luz que procura nos alcançar e não consegue”. Seria, então, retomando o paradigma que nos ocupa aqui, dar-se os meios de ver aparecerem os vaga-lumes no espaço de superexposição, feroz, demasiado luminoso, de nossa história presente. Essa tarefa, acrescenta Agamben, pede ao mesmo tempo coragem - virtude política - e poesia, que é a arte de fraturar a linguagem, de quebrar as aparências, de desunir a unidade do tempo
Cabe somente a nós compreendermos onde e como “esse movimento [...] ao mesmo tempo, tornou sensível uma nova
beleza naquilo que desaparecia (eine neue Schónheit)”
Compreende-se, então, que uma experiência interior, por mais “subjetiva”, por mais “obscura” que seja, pode apare cer como um lampejo para o outro, a partir do momento em que encontra a forma justa de sua construção, de sua narração, de sua transmissão.
E é nesse sentido que é preciso compreender a sobrevivência das imagens, sua imanência fundamental: nem seu nada, nem sua plenitude, nem sua origem antes de toda memória, nem seu horizonte após toda catástrofe. Mas sua própria ressurgêncía, seu recurso de desejo e de experiência no próprio vazio de nossas decisões mais imediatas, de nossa vida mais cotidiana.
A urgência política e estética, em período de “catástrofe” - esse leitmotiv corrente em toda obra de Benjamin -, não consistiria, portanto, em tirar conclusões lógicas do declínio até seu horizonte de morte, mas em encontrar as ressurgências inesperadas desse declínio ao fundo das imagens que aí se movem ainda, tal vaga-lumes ou astros isolados. Lembremos o maravilhoso modelo cosmológico proposto por Lucrécio em De rerum natura: os átomos “declinam” perpetuamente, mas sua queda admite, nesse clinâmen infinito, exceções com conseqüências inauditas. Basta um átomo se desviar ligeiramente de sua trajetória paralela para que ele entre em colisão com os outros, de onde nascerá um mundo. Este seria, portanto, o essencial recurso do declínio-, o desvio, a colisão, a “bola de fogo” que atravessa o horizonte, a invenção de uma forma nova.
"Em 1993, Susan Sontag foi a Sarajevo. A cidade estava destruída por causa da guerra. Ninguém estava seguro na Bósnia. Ela pensou que iria ajudar a carregar sacos de cimento, cuidar de doentes, enfim, dar pão a quem não tinha. Mas não. Pediram que ela montasse uma peça de teatro. Ela escolheu Esperando Godot, de Becket. Por que pediram que ela montasse uma peça de teatro?
- Não somos animais. Foi o que disseram.
Não consigo pensar nessa história sem que venham lágrimas aos meus olhos.
- Não somos animais - disseram em Sarajevo, em 1993.
E nós, cá no Brasil, em 2016? O que somos? O que queremos ser em 2026? E daí, nessa hora, eu penso: não, a arte não está no topo da pirâmide de Maslow. Tampouco está na base. A arte deve permear tudo, cada um dos degraus. De outra forma, até as necessidades mais essenciais, como comer, beber, dormir e cagar, serão feitas como se fôssemos animais."
CORPO
DRAMATURGIA
restos do BLOW UP
RESISTÊNCIA
A CRIANÇA
COSMOGONIA
transforma peso em leveza
o corpo na relação: chão, ar, arvore
mistura
DINOSSAUROS (Hermes)
ARQUEOLOGIA FORENSE
HIPÓTESE DE UMA ARVORE
O Balanço presente em cena
como lugar para o público sentar
Como seria assistir o trabalho dessa perspectiva do balanço?
signo preenchido de ar e leveza
Balanço
sensação do vento, do ar balanço e resistência intermitências luminosas
Do balanço reencontrar a força entre:
desequilíbrio\equilíbrio
instabilidade\estabilidade intermitência
O objeto lúdico Balanço
sensação do vento, do ar
Jardim zen?
algumas arvores
um pouco de areia
caminhos entre
O Balanço presente em cena
como lugar para o público sentar
resistências com balanço intermitentência luminosa
Benjamin tinha paixão pelas coisas pequenas, até minúsculas; Scholem conta da sua ambição de colocar cem linhas escritas na página comum de um caderno de notas, e da sua admiração por dois grãos de trigo na seção judaica do Museu Cluny, “onde uma alma irmã inscrevera na íntegra o Shema Israel. Para ele a dimensão de um objeto era inversamente proporcional à sua significação. (...) Quanto menor fosse o objeto, tanto mais provável pareceria conter tudo sob a mais concentrada forma.
drive to become space (insects who mimic the space).
in absolute darkness you loose the limits of your body, of your the outside world. It's a kind of vertigo. So are you alive or not?
fear of darkness...
jogos Marília
Mimicry
O autor justifica a nomeação da categoria com esse termo inglês — que significa mimetismo, literalmente o mimetismo dos insetos— devido ao caráter orgânico, radical, do impulso que suscita. Essa categoria trata dos jogos que criam um universo fechado convencional imaginário, que supõem a adoção da ilusão. O jogador assume um personagem, disfarça a sua personalidade para fingir outra. Mímica e disfarce são os aspetos fundamentais desse tipo de jogo. Exemplos de jogos: teatro, competição de máscaras. O autor não conheceu o RPG, cujo surgimento é posterior à publicação da obra, mas imagino que ele se encaixa muito bem nessa categoria.
Ilinx
O autor se inspira para batizar essa categoria no termo grego ilinx, que significa turbilhão das águas. Dele deriva na mesma língua o designativo da vertigem: ilingos.
Essa categoria engloba os jogos que se baseiam fundamentalmente na vertigem, na destruição momentânea da estabilidade da percepção e na imposição à “consciência lúcida uma espécie de voluptuoso pânico..atingir um tipo de espasmo, de transe, de estonteamento que desvanece a realidade com uma imensa brusquidão.”pag. 43. A perturbação provocada é frequentemente buscada como um fim em si mesma.
Exemplo de jogos: dervixes[1] e “voladores” mexicanos[2], parques de diversões, globo da morte etc.
“O essencial reside na busca desse distúrbio específico, desse pânico momentâneo que o termo ‘vertigem’ define e das indubitáveis características do jogo que lhe estão associadas, ou seja, liberdade de aceitar ou de recusar a prova, limites precisos e imutáveis, separação da restante realidade.”pag. 47
Há de se considerar, no entanto, que dificilmente os jogos se enquadram puramente em uma categoria, como nos exemplos dados. Pelo contrário, normalmente eles trazem em si uma mistura dessas.
mágica/ ilusão
fotons
fraudulent brightness
estado de iluminacao permanente
fotology....fotophiliac derrida.....
how the dark could be a promisse of freedom?
característica físicas da Luz/ escuro...
why didn't we turn off the light? Away from the signification and representation?
visible presence of performers and audience
"giving nothing to view, reveals something else"
quando vc revela um filme você precisa estar no escuro...
25:00 reencantar o mundo
affect theory...affects in perfomance
"the making dissolution'...
eveporating landscape
infra space...the dissolution in the dark
on a evaporação está acontecendo....
impossível estar no preto absoluto
em vez de evaporar o objeto, mas nao vendo nada nem a si, evaporar o público...
infra thing